O solo de Nova York está afundando. E a culpa é dos famosos prédios arranha-céu que preenchem o horizonte da cidade. De acordo com um estudo do Serviço Geológico dos Estados Unidos, o local afunda de 1 a 2 mm por ano por causa da pressão exercida pelas edificações.
Atualmente, a cidade de 777 km² comporta cerca de 762 milhões de toneladas de concreto, aço e vidro, segundo a USGS. Esse peso calculado não considera o peso de móveis, luminárias e acessórios dentro desses prédios, além da infraestrutura de transporte e dos 8,5 milhões de habitantes.
Diante do aumento relativo do nível do mar de 3 a 4 mm por ano, especialistas indicam que o cenário é preocupante por Nova York se tratar de uma cidade costeira. Nos últimos 70 anos, as águas da região subiram 22 cm e a previsão é que até 2050 o nível do mar suba de 20 cm a 76 cm. Para piorar, esse afundamento da cidade impulsionado pelas construções ininterruptas não é tão raro.
Trata-se de um fenômeno global visto em outras cidades costeiras com populações crescentes e urbanização acelerada. No centro da discussão está o Empire State, que além de ser tema de música do Jay-Z e Alicia Keys, é o prédio com maior massa da cidade. No entanto, os edifícios que fazem mais pressão no solo são o Central Park Tower e o novo World Trade Center.
Desde 2020, quando a massa de objetos feitos pelo homem ultrapassou a de toda a biomassa viva, o debate sobre o tema se fortaleceu. Nova York não é nem de longe a única cidade que pode sofrer com os impactos desse afundamento. Diversas regiões ao redor do mundo estão sofrendo com o afundamento do solo mais rápido do que outras.