Um dos pontos altos da série The Last of Us é a estética de abandono e destruição que ambienta os cenários pelos quais caminham os protagonistas enquanto atravessam os Estados Unidos. Apesar de ser uma série ficcional, é mais fácil do que parece encontrar lugares com este mesmo visual em cidades reais. Aqui neste texto, o Estadão Imóveis apresenta 5 cidades fantasmas brasileiras:
- Fordlândia, Pará
Localizada no Pará, às margens do Rio Tapajós, a Fordlândia é fruto da imaginação de Henry Ford, o magnata fundador da companhia de carros. O projeto passava por construir uma cidade para que os funcionários da empresa pudessem morar e produzir borracha para os pneus dos carros a partir do cultivo das seringueiras na região.
O projeto realizado na década de 1920 decretou seu fracasso nos anos 1950. As casas destinadas aos trabalhadores eram muito quentes, bebidas alcoólicas eram proibidas, mas o pior foi o impacto provocado pelos desmatamentos e pragas que destruíram as plantações.
Atualmente, a cidade se tornou um distrito do município de Aveiro e, de acordo com o Censo de 2010, conta com apenas 1,2 mil habitantes.
- Velho Airão, Amazonas
Também chamado de Airão Velho, o município foi, em 1694, o primeiro povoado fundado às margens do Rio Negro. Naquela época, era um destino popular de padres missionários que viviam da caça e pesca.
Os tempos de glória vieram no século 19, quando uma linha de navegação a vapor foi instalada no local sob ordem do Visconde de Mauá. Tornando-se um porto fluvial, a região ganhou uma posição de destaque no território, que permaneceu até o final da Segunda Guerra Mundial.
Da mesma forma que Fordlândia, a borracha também esteve presente na história de Velho Airão. O material foi protagonista do ponto alto da cidade, quando, na década de 1920, as casas eram construídas com o elemento.
Com a derrocada das seringueiras, o local foi aos poucos sendo desabitado e deu lugar a um novo povoado, o Novo Airão. Hoje, a velha cidade é feita apenas de ruínas e memórias.
- São João Marcos, Rio de Janeiro
Fundada em 1739, São João Marcos já chegou a ter mais de 20 mil habitantes no seu auge, além de clubes, escolas, um hospital e até um teatro.
A cidade construída na Mata Atlântica foi desapropriada em 1940 pelo então Presidente Getúlio Vargas, que ordenou a construção de uma barragem no lugar. Desta forma, o aumento da capacidade do reservatório de água e energia da então capital do País resultou no destino trágico de São João Marcos.
Ass ruínas da cidade agora podem ser visitadas após uma trilha de 40 minutos.
- Cococi, Ceará
No meio do sertão do Ceará, ruínas se confundem com a vegetação e servem como registros históricos de uma cidade que já existiu ali. Criada no século XVIII, Cococi já possuiu um cartório, praças e mansões que abrigaram famílias de coronéis e cerca de dois mil habitantes.
Os moradores deixaram a região por conta da estiagem e por uma suposta briga do então prefeito com o governo militar. Em 1979, a região perdeu o status de cidade e hoje faz parte do município de Parambu.
- Igatu, Bahia
No censo de 2010, Igatu, na Bahia, contava com apenas 360 habitantes. O número simboliza a decadência da cidade que já foi o lar de 10 mil moradores.
Conhecida atualmente como “Machu Picchu baiana”, o município possui ruínas que lembram o período majestoso, quando o ciclo do diamante na Chapada Diamantina alcançou seu auge.
Hoje, a região faz parte do distrito de Andaraí e é lembrada pelas paisagens naturais marcantes e sua arquitetura colonial, com ruínas de igrejas e casarões antigos.