A figura do corretor de imóveis não é tão procurada na compra e venda de imóveis no Brasil. Pelo menos é isso que mostra um levantamento realizado pela proptech israelense Propdo que analisou dados públicos e privados para indicar que apenas 40% das negociações em solo brasileiro acontecem com intermédio de um corretor. De acordo com a companhia, é um número bem menor que o registrado nos Estados Unidos e na Europa.
Nos EUA, 95% das transações imobiliárias são realizadas com a participação de um corretor de imóveis, segundo dados da Associação Nacional de Corretores (NAR) dos Estados Unidos. O estudo da Propdo também indica que no continente europeu, as taxas ficam entre 60% e 70%.
Já na cidade de São Paulo, os dados da companhia mostram que a participação pode ter altas sazonais, variando entre 50% e 60%. “É necessário lembrar, também, que uma parte das transações feitas na presença de um corretor não são publicadas oficialmente no ITBI para evitar o pagamento de taxas e conseguir comissões maiores”, afirma o Head da Propdo no Brasil, Nathan Varda.
Ainda assim, a disparidade impressiona diante do número de corretores registrados. Atualmente, o estado de São Paulo conta com 255 mil profissionais. De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRESCI-SP), só entre janeiro e outubro do ano passado, cerca de 19 mil pessoas ingressaram no mercado imobiliário paulista. “Os números mostram que é necessário investir em novas tecnologias e recursos para conquistar compradores e vendedores de imóveis”, diz Varda.
Para o CEO da Propdo, as empresas e corretores adotam métodos ultrapassados que inibem a captação de clientes. “O excesso de informações pode assustar e afastar compradores e vendedores que não conseguem administrar o fluxo de dados disponíveis.” De acordo com Varda, um corretor que saiba utilizar as ferramentas e tecnologias para encontrar novos negócios, profissionais e suporte, se torna cada vez mais crucial nesse processo.