Os analistas enxergam novos atrasos no processo de retomada da economia da China e passam a revisar para baixo suas projeções em função dos números que ainda custam a melhorar. Nas primeiras semanas de setembro, os dados econômicos voltaram a decepcionar os analistas do UBS e uma nova redução na estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês foi anunciada. Para 2022, o crescimento previsto de 4,2% foi revisado para 3% no último mês de maio e, agora, para 2,7%. Em 2023, a previsão é de um crescimento de 4,6%. O Nomura apostava num crescimento de 5,1% no próximo ano, mas já deu um passo para trás e passa a estimar num avanço mais modesto, de 4,3%.
“O último surto de ômicron continuou a suprimir a atividade econômica em setembro. Dado o momento mais fraco em setembro e a recuperação suave em julho e agosto, esperamos que a recuperação do terceiro trimestre seja mais fraca do que o previsto anteriormente. A situação da Covid provavelmente permanecerá desafiadora no inverno e no início de 2023, e o crescimento das exportações deve desacelerar, por isso revisamos o PIB para baixo”, avalia o UBS. “Esperamos uma notável flexibilização das restrições da Covid a partir de março/abril em diante e a estabilização das atividades imobiliárias em breve”, finaliza.