O Censo Demográfico 2022, divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o Brasil possui 66 mil domicílios particulares classificados como “improvisados”. Destes, mais de 17 mil estão em São Paulo. É o estado com mais domicílios nesta condição no País.
Os domicílios particulares improvisados são aqueles localizados em edificações que não tem dependências destinadas exclusivamente à moradia, como estabelecimentos comerciais, ou em calçadas, praças e viadutos. Também se encaixam nessa categoria estruturas móveis como lonas ou abrigos naturais, como cavernas, além de veículos automóveis ou “estruturas permanentemente degradadas ou inacabadas”.
A Bahia aparece em segundo lugar, com 6.094 domicílios enquadrados neste perfil. Na sequência, Minas Gerais (5.109), Rio de Janeiro (3.975) e Goiás (3.636).
Já na outra ponta do ranking, o Acre conta com apenas 184 domicílios improvisados, de acordo com o Censo. Ao lado do Amapá, com 332 residências, são os dois únicos estados com menos de 500 imóveis registrados neste perfil.
Estados de extremos
Ao passo que o número de imóveis informais é tão alto, São Paulo também é o estado com a maior quantidade de domicílios vagos no Brasil, são mais de 3,3 milhões de residências com essa classificação. Ainda que 1,2 milhão seja para uso ocasional, como casas de veraneio e de final de semana, a maioria se encontra permanentemente vaga.
O segundo estado com mais domicílios vagos, Minas Gerais, tem 2 milhões de residências nessa condição, sendo 1 milhão deles permanentemente vagos. O terceiro estado com mais domicílios vagos durante a pesquisa do Censo é a Bahia, com quase 1,8 milhão de imóveis. Na região, 675 mil são classificados como domicílios para uso ocasional.